A emiliana-romanhola Rosa Savoretti emigrou para Minas Gerais em 1896, aos nove anos de idade, acompanhada do pai, Salvatore Savoretti, e da madrasta, Maria Tassini. Sua mãe biológica, Francesca Bilancioni, havia falecido quando Rosa ainda era pequena. Nascida em Misano Adriático, na província de Rimini, Itália, Rosa viveu a maior parte de sua vida em solo brasileiro. O primeiro destino da família foi Muriaé, onde trabalharam nas lavouras de café do fazendeiro Xisto Jorge dos Santos. Posteriormente, mudaram-se para a cidade vizinha de Miradouro. A italiana casou-se com o brasileiro João Firmino de Souza, com quem teve quatro filhos. Rosa manteve vivas algumas tradições italianas, transmitindo-as aos descendentes. Uma delas era a receita do pão que chamava de “Cantarrinha”, provavelmente uma variação da piadina romanhola. Cantava para os descendentes, uma música que misturava o português com o italiano. Ela tinha o hábito de tomar uma pequena dose de vinho todos os dias, era uma excelente cozinheira e apreciava preparar macarronada com galinha para os familiares.